Warren Buffett vai largar o cargo aos 94 anos.
- Gustavo Sette
- 5 de mai.
- 1 min de leitura
E ninguém vai chorar.
“Ah, mas ele podia ter parado antes…”
Podia.
Mas não quis.
E tudo bem.
Trabalhar até morrer é um direito.
Desde que não vire um sequestro familiar e corporativo.
A maioria dos fundadores não prepara a sucessão.
Sabota. Mente.
Dizem que vão sair, mas não saem.
Dizem que confiam, mas testam.
Delegam torcendo pra dar errado — e depois voltam “triunfais”.
Transformam a empresa numa câmara de eco onde só eles ainda se escutam.
Buffett fez o oposto.
Nunca prometeu sair.
Nunca arrastou os filhos pra dentro da empresa (sábia decisão).
Nomeou Greg Abel — com 25 anos de casa — muito antes de pensar em sair.
E preparou tudo: o time, os investidores e a cultura para seguir sem ele.
Dois anos atrás, Charlie Munger morreu aos 99.
O valor da ação?
Nem piscou.
O desempenho da empresa?
Nem sentiu.
Agora Buffett anuncia sua saída.
E... nada muda.
Porque tudo já foi feito.
Sem joguinho. Sem vaidade.
Sem “bastão simbólico”.
Teve método. Teve clareza. Teve coragem.
E ele deixa a empresa com mais de 300 bilhões de dólares em caixa, o que ajuda qualquer sucessão.
Um dia, a notícia da sua morte vai chegar.
E a Berkshire Hathaway vai continuar.
Sem envelope lacrado.
Sem pânico.
Sem a clássica frase: “e agora?”
Mas esse texto não é sobre o Buffett.
É sobre você — que trabalha com alguém que não vai largar o osso.
Você sabe.
Ele não vai sair.
Não voluntariamente.
Não com leveza.
E talvez nem com lucidez.
Então, a pergunta é:
O que você vai fazer com isso?
Se você está nessa, não está sozinho.
Vamos conversar.





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