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  • Gustavo Sette

Sucessões são seres vivos, mutáveis e imperfeitos

Muito interessante a matéria sobre a sucessão na EZTEC, mostrando que a 2ª geração definirá um novo modelo para o futuro.



Pelo que diz a matéria, o fundador desenhou um modelo sucessório em 2006, quando tinha 70 anos. A empresa e a família conviveram sob esse modelo por 16 anos e, com sua morte recente, os filhos e agora donos querem discutir um novo formato.


Sucessões são acordos entre gerações, portanto, é natural que as vontades, crenças, recursos e necessidades mudem com o tempo. Famílias muito antigas têm menos espaço para mexer, de forma que depois de umas 4 ou 5 gerações, com centenas de herdeiros, é mais comum ter uma sucessão quase normativa, em que o herdeiro se encaixa ou não, mas tem menos espaço para mudar.


Há autores, consultores e pesquisadores que parecem defender metodologias “perfeitas” de sucessão, como se fosse uma reação química: misturando esses elementos dos “cinco esses”, das “quatro esferas” ou dos “seis passos” do consultor, SEMPRE vai resultar na mesma substância...


Tudo que parecer fácil e previsível nessa área, desconfie.


Louvável é a família encarar esse exercício e criar processos participativos e com gente boa de fora auxiliando, e é elogiável também aceitar a mudança, o voltar atrás, o renegociar. Vamos lembrar que 80% das famílias não dão nem esse passo, de enfrentar as conversas e as duras decisões que o planejamento exige.


Espero que o processo na EZTEC continue funcionando e que a família e a empresa continuem prosperando por muitas gerações.

Valor Econômico, 10/fev/22

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