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Sucessão planejada é para poucos (e agora, com dados)

  • Gustavo Sette
  • 19 de out. de 2022
  • 1 min de leitura

O banco suíço UBS fez uma pesquisa mundial sobre a sucessão em famílias ricas do mundo todo, e os dados reforçam o ponto que eu sempre coloco: a tão sonhada sucessão planejada, conversada e estruturada é para uma minoria, talvez 20% das famílias.





De acordo com os dados, no Brasil, em mais da metade das famílias não há testamento, nem diálogo e, pior: os herdeiros não sabem o valor e nem onde está a riqueza.


O Brasil destoa do exterior em um aspecto muito ruim: aqui, mas da metade das sucessões foram parar em disputas judiciais. Justo no país em que tais assuntos levam... Décadas.


Uma barreira que aparece em todo o planeta é a comunicação. Os pais e os filhos acham difícil tocar no assunto. E é difícil mesmo. 86% dos donos acham muito difícil fazer um processo justo.


Meu trabalho com sucessores é baseado na vida real. Eu também concordo que planejar a sucessão é o melhor caminho, mas a vontade do dono precisa ser respeitada - assim como o médico que recomenda que os pacientes não fumem e façam exercícios. Não há como obrigar.


Tem várias formas de abordar o assunto, mas, na maioria das vezes, o ideal é: considerando que não há espaço para uma sucessão planejada, qual a melhor condição que o sucessor (ou o grupo de sucessores e a empresa, caso haja entrosamento) pode se colocar para um processo menos traumático quando o tempo fizer a sucessão obrigatória?


Em muitos casos, o fundador não planeja a sucessão justamente por essa expectativa: o processo consome muita energia, decisões e conversas difíceis, portanto, que os herdeiros se entendam.

Valor Econômico, 19/10/22.

 
 
 

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