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  • Gustavo Sette

Sucessão no SBT: tudo para dar errado

Pelas notícias que chegam à mídia, o Grupo Silvio Santos está reunindo uma seleção criteriosa de elementos para garantir um desastre no processo sucessório.

Listei alguns exemplos:

  1. Timing – Silvio fez 88 anos recentemente. Suas 6 filhas estão entre 40 e 50 anos. Já era para ele ter deixado a posição de executivo há muito tempo.

  2. Exaltação individual – o SBT tem divulgado uma revista sobre a carreira de Silvio Santos. Esse culto à figura do dono só dificulta o futuro.

  3. Manutenção do sistema de poder – ao que tudo indica, Silvio vai escolher uma das filhas e manterá o sistema que, com ele, funcionou: uma pessoa manda em tudo. É muito provável que a próxima geração exija outro sistema.

  4. Papai decide tudo – parece que Silvio vai decidir como será a sucessão, ao invés de fazer um processo participativo.

  5. Uso dos critérios errados – a sucessão deve ser guiada pela construção de uma visão de futuro em comum, e não pelo fato de um programa dirigido por um sucessor bater a Globo no IBOPE.

Dias atrás, a família Civita vendeu a editora Abril por um valor simbólico e deu um calote imenso em muita gente. O roteiro foi parecido: o fundador morreu sem ter estruturado um processo sucessório e participativo. A família vendeu a parte que interessava (Abril Educação) e se livrou do pepino, “passando a bola” de uma dívida bilionária com empresas, funcionários e órgãos públicos.

Pode ter sido bom financeiramente, mas o ato encerrou um legado e uma história de 70 anos.

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