📌 Reflexão sobre Envelhecimento e Liderança: Estamos Fazendo a Pergunta Errada
- Gustavo Sette
- 17 de jul. de 2024
- 1 min de leitura
O tema “idade dos líderes” está em destaque graças ao estado de Joe Biden – que concorre com um rival também perto dos 80.
Ontem, a Harvard Business Review publicou um artigo intitulado "Should an Aging Leader Step Aside?" (Deveria um Líder Envelhecido se Afastar?), que discute o foco intenso na idade de líderes como Joe Biden e Donald Trump. O artigo critica a tendência de se concentrar na idade cronológica em vez de na competência e produtividade, argumentando contra o ageísmo. Destaca que bons líderes são eficazes independentemente da idade e que a liderança deve ser avaliada pelo mérito.
Eu discordo do artigo, pois ele insiste na pergunta errada: um líder envelhecido tem condições de liderar?
A pergunta correta deveria ser: "Independentemente de suas condições, ele é a melhor opção?"
Se a resposta é não, isso levanta uma série de outras questões críticas:
- A organização não conseguiu produzir alguém apto a assumir a liderança?
- Qual é o impacto disso na cultura da empresa?
- Como isso afeta a visão de futuro daqueles que estão nos cargos buscando o topo?
Claro que uma pessoa pode liderar uma empresa aos 70 ou 80 anos, mas se ela for a melhor opção, temos uma lista de enormes problemas. E as melhores pessoas para resolvê-los podem sair, pois não querem ficar em uma empresa sem perspectiva de crescimento.
Nas empresas familiares, a situação é ainda pior quando estamos falando do dono, pois aí não há democracia, eleições, voto, conselho... Quem manda decide quem lidera. Por sorte, assim como o dono da empresa manda nela, nós somos donos das nossas vidas e carreiras.






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