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Quando a estrutura patrimonial à prova de balas é baleada

Duas notícias agitaram o mercado de capitais esta semana: a Hering, em processo de venda, e a Boa Safra, abrindo capital, foram acionadas por herdeiros alegando direitos não reconhecidos no passado.


Não conheço os dois casos, mas o que observo na vida real de muitas famílias empresárias é uma postura centralizadora e pouco transparente de muitos controladores em relação ao planejamento patrimonial.




Muitas vezes repete-se a seguinte história: um controlador familiar, acostumado a ser bajulado e ouvir que sempre tem razão, faz um "pedido" arriscado para um especialista, que garante que vai montar uma estrutura à prova de balas. Esse especialista só tem a ganhar: se a estrutura der certo, ele protegeu o cliente. Se der errado, ele consegue mais trabalho.


Famílias devem procurar o diálogo e a transparência, afinal, não há estrutura que pare em pé sem o apoio daqueles que serão impactados por ela.


Essas brigas lembram o conceito de "vitória de Pirro": mesmo quando ganham, a empresa e a família perdem. O que destrói não é ganhar ou perder a disputa, mas a disputa em si, pois são processos lentos e com alto risco de imagem e exposição emocional, que afastam investidores, admiradores e clientes.




Matérias do Valor e da Exame.

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