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Papai foi para o conselho e eu virei CEO. O que pode dar errado?

  • Gustavo Sette
  • 16 de fev. de 2023
  • 1 min de leitura

Tudo dependerá de o pai atuar como CONSELHO e o filho atuar como CEO, e ambos atuarem como DONOS nos respectivos fóruns. Não pense que é fácil.


A governança das empresas tem uma arrumação central, com estruturas independentes de poder e clareza de papéis. Pense em um tripé, contendo os DONOS, o CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO e a DIRETORIA EXECUTIVA.


O equilíbrio de poder entre essas âncoras é delicado. Elas precisam operar juntas, como um sistema.


O problema é que, em muitas empresas de dono, a mesma figura bate todos os pênaltis: é o dono, é o presidente do conselho e CEO, tudo ao mesmo tempo. Sem falar nos conselhos criados apenas para falar que existem, mas só servem para manter o dono mandando em tudo.


Há também a questão da vaidade do CEO que passa a conselheiro, enfrenta o avanço da idade e precisa fazer algo que nunca aprendeu: dividir poder. Recomendo o livro “Destronando o Rei”, que relata como o pai desmoralizava e jogava contra o filho no conselho da Budweiser. É destruidor para o negócio, para a empresa e para as pessoas.

A mudança de papéis não é facil. Sair do comando após décadas sendo a referência em tudo, ou assumir o legado de um grande homem com resultados consistentes... Ambos aqui precisam de acompanhamento e mentoria, individual e em grupo, inclusive nas primeiras reuniões, para facilitar a correta atuação.


A sucessão na Multiplan foi usada aqui como exemplo, não comentarei o caso. Estão fazendo um processo bem estruturado que tem tudo para dar certo.


Valor Econômico, 15/2/23




 
 
 

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