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O pior emprego milionário do mundo

Imagine ser nomeado o sucessor da 6ª maior companhia dos EUA sem querer.


Greg Abel foi anunciado como sucessor de Warren Buffett em uma fala acidental de seu sócio, Charlie Munger, que aos 97 anos deixou escapar na reunião anual aos acionistas que Greg será um bom sucessor.




A Berkshire Hathaway é uma companhia difícil de imitar. Vale 650 bi de dólares, é gerida por dois senhores de mais de 90 anos e tem 25 funcionários administrativos. Cinco integrantes do conselho têm mais de 89 anos. Na última década, a empresa bateu o índice da bolsa americana apenas duas vezes, e somado ao desempenho medíocre, o mercado tem cobrado mudanças e uma agenda ESG.


Pensemos na trajetória do sucessor. Para chegar ao posto, Greg, que já está beirando os 60 anos, terá que esperar Buffett e Munger morrerem, o que deve derrubar fortemente as ações. Ele terá que mudar o conselho, recuperar a empresa e atender a muitas críticas dos acionistas, tudo isso mediante a eterna comparação com o Pelé dos investimentos.


A empresa deveria estar fazendo a sucessão de Greg, mas Buffett escolheu o estilo “monarquia” de transição. E Greg Abel decidiu aceitar o papel de Príncipe Charles.


Com uma fortuna de meio bi de dólares, é difícil dizer que o emprego de Greg seja ruim, mas um executivo do nível dele poderia estar em outra posição. Mesmo que ganhasse um décimo, em termos de construção de uma vida feliz, não faz a menor diferença ter 50 ou 500 milhões de dólares.

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