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  • Gustavo Sette

Momento é desfavorável para VENDA de empresas familiares, mas propício para avaliação e avanços.

Está mais barato comprar ações de empresas listadas na bolsa do que aportar em companhias fechadas, de controle familiar. É o que diz esse artigo de capa do Valor Econômico de ontem.


Para a empresa familiar, o momento é ruim para vender, mas bom para aquela velha reflexão: que práticas das empresas de capital aberto podem ser avaliadas para melhorar a gestão e a governança?


Muitas famílias querem o melhor dos mundos: vender caro e não implantar na empresa boas práticas que o mercado valoriza e que são comuns nas empresas listadas, tais como:

  • Ter balanços e informações auditadas por empresas de fora, com critérios contábeis comparáveis.

  • Implantar uma governança estruturada, mesclando conselheiros e executivos “de dentro” e “de fora”.

  • Ter executivos contratados, avaliados e remunerados com critérios profissionais.

  • Ter um planejamento estratégico definido, com visões e metas comunicadas e revistas frequentemente.

  • Definir políticas de investimento, remuneração, retiradas e outros itens ligados ao capital.


O processo de venda de uma companhia é tão rico que toda empresa deveria passar por ele, independente de vender ou não. Estar preparado para vender é diferente de decidir vender, mas exige olhar para fora, ser comparável e sair um pouco da “bolha”.


Muitas empresas criam a própria contabilidade, a própria percepção de valor, e o olhar do mercado sempre ensina.

Quando a empresa se organiza e se torna mais atraente para potenciais compradores, ela também fica mais atraente para bons funcionários, clientes e potenciais fontes de crédito.

Por onde começar? Pelo que tenho visto, empresas familiares pequenas e médias do Brasil podem avançar muito começando por 3 aspectos: organizar as informações financeiras com um olhar de mercado, estruturar um planejamento estratégico e, com base nesse planejamento, implantar um sistema de gestão com base em resultados.

Não precisa implantar tudo, mas esses 3 já farão uma enorme diferença.


Artigo do Valor Econômico, 05/7/2022.




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