“Meu pai não quer que a empresa invista no Metaverso. Como lidar com a resistência dos fundadores?"
- Gustavo Sette
- 2 de fev. de 2023
- 2 min de leitura
Me desculpe desanimar, mas, nesse aspecto, provavelmente ele tem razão.

Se você quer ser um bom sucessor e um bom executivo, precisa resistir à tentação de abraçar todos os assuntos da moda, todos os temas dos livros de aeroporto e que as grandes consultorias dizem, "as empresas que não investirem em XXX serão superadas".
Muita gente fala em inovação e ela de fato importa, mas gestão envolve escolhas para uso de recursos escassos, e aí cabe sempre a pergunta: a empresa está fazendo o básico bem-feito?
Exemplos... A empresa está gerando caixa? Tem informações financeiras e do negócio minimamente ajustadas? Tem algum tipo de planejamento, visão, objetivos, clareza de que rumo está indo? Tem um básico de processos de gente e gestão? O cliente está sendo razoavelmente bem atendido? (nunca se atendeu tão mal quanto atualmente).
Nada contra o metaverso, a inclusão, a transição climática, a disrupção digital, a inteligência artificial, mas fazer o básico bem-feito pode ser mais inovador e sustentável do que muitas das novas tendências.
Outra reflexão sobre o assunto é que, seja qual for a onda, você não precisa ser o primeiro a surfá-la, pois o primeiro vai cometer (e pagar) todos os erros e nem sempre o prêmio por largar na frente se paga. Entrar um pouco atrasado e não pegar todo o ganho, no longo prazo, pode ser uma boa estratégia.
Fundadores e presidentes nem sempre se comunicam de forma fácil de entender. Muitas vezes, a resistência é uma forma de dizer que tem coisa básica que precisa melhorar.
Agora... Se você acredita que tem o básico bem feito e que existe sim algo novo a investir mas encontra resistência dos chefes, sejam eles os seus pais ou não, existem caminhos a percorrer, que eu trabalho com mentorados.





Comentários