A Dinheiro Rural traz belas histórias de sucessões acontecendo com êxito no agronegócio.
O texto exalta o que há em comum entre esses jovens – nasceram em famílias ricas e empreendedoras e resolveram construir uma carreira relevante. Foram estudar, trabalhar, conhecer boas práticas no exterior, enfim, preparar-se para vencer na vida, independente da empresa da família.
O que a matéria não fala, porém, é justamente o aspecto mais singular desses exemplos: os patriarcas dessas famílias deram espaço, deram “pista” para o talento de seus filhos.
Muitas famílias empresárias têm herdeiros capacitados, estudiosos, trabalhadores e apaixonados para manter o legado e provar o seu valor para a família, mas acabam eclipsados por patriarcas inseguros, com dificuldades de encarar a velhice e a mortalidade, resumidos na frase:
“o dia que eu morrer, você vai ter a sua vez”.
Talentos como os que apareceram na matéria não vão esperar, até porque a relutância dos mais velhos os coloca em uma situação desconfortável: precisam torcer para o pai morrer?
A escolha que um empresário pode fazer não é se vai morrer ou não, mas sim se vai dar ao seu empreendimento a chance de planejar a passagem de geração, um toque final de grandeza para uma obra de sucesso.