Empresas familiares mais antigas do mundo – Beretta, Itália (armas). 1526
Brasileiros sabem bem que arma é um tema polêmico, mas a a Fabbrica d’Armi Pietro Beretta, empresa italiana há 15 gerações liderada pela mesma família, lida nesse mercado controverso com sabedoria marqueteira: para eles, arma é charme, design, tecnologia. Há 500 anos.
A família alega que começou 80 anos antes, o que a tornaria mais antiga do que o Brasil, mas a data oficial de fundação é 1526.
Atual CEO é da 15a geração de uma família empresária de 500 anos!
O atual CEO, Franco Beretta, 15ª geração, vive em um palácio em Brescia, e sua esposa, Umberta, é uma famosa colecionadora e investidora em arte.
A empresa lida com o fato de atuar em um setor tão polêmico… Ignorando a polêmica, afinal, alguém precisa produzir armas, e Beretta é sinônimo de
A empresa fatura perto de 1 bi de dólares, com produção de aproximadamente 1.500 armas por dia em toda a gama de armas portáteis: espingardas, rifles, carabinas e pistolas. Mais de 75% da venda é exportação.
Uma empresa familiar que transformou armas em luxo
No início da década de 1990, a Beretta acrescentou uma linha completa de vestuário e acessórios de caça, tiro ao alvo e itens de esportes ao ar livre, que rapidamente lhe renderam uma reputação de conteúdo de alta tecnologia e elegância discreta. A primeira Galeria Beretta foi inaugurada em Nova York em 1995. Outras galerias foram abertas em Dallas, Buenos Aires, Paris e Milão. Em dezembro de 2005, foi inaugurada uma nova Galeria Beretta, no centro de Londres.
Já venderam armas para as tropas de Napoleão, Mussolini e George Bush, mas o cliente mais famoso é, sem dúvida, Bond, James Bond.
O que as empresas familiares podem aprender com a Beretta? Foco, consistência e alinhamento muito claros em torno das crenças, da cultura e da visão da companhia e da família. Pode não ser o setor mais amado do mundo, mas alguém tem que produzir armas e eles o fazem muito bem. Há 500 anos!
Para saber mais:
Site da empresa: http://www.beretta.com/it-it/
Entrevista do CEO, Franco Beretta, ao Financial Times em 2016, defendendo o negócio de armas.