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Ele ficou no poder até os 99 anos... E a sucessão vai dar certo.

O empresário Aloysio de Andrade Faria morreu no ano passado, aos 99 anos, e deixou um conglomerado bastante complexo de negócios: quase U$ 2 bi nos setores financeiro, materiais de construção, sorvetes, hotéis, rádios, agropecuária, entre outros.





Não conheço o caso para avaliar os bastidores e eventuais nuances que não sabemos, mas a breve leitura de artigos indica um caminho interessante. Com 5 filhas, Aloysio encontrou uma forma interessante de conciliar as suas vontades com a passagem de bastão para a próxima geração: as filhas ficaram de fora dos negócios da família e as empresas foram todas profissionalizadas, ou seja, são auditadas e bem administradas, com estruturas que funcionam sem a presença do dono.


As filhas provavelmente tiveram recursos e condições de tocar suas próprias vidas fora dos negócios da família. Com a morte do pai e com empresas bem geridas, há tempo para elas se inteirarem dos negócios, formarem um conselho e tomarem decisões com calma.


Sou contra a visão de muitos especialistas de que só pode existir um tipo de sucessão, e o artigo traz um ótimo exemplo de que as possibilidades são infinitas. Quer trabalhar até morrer, sem empregar os parentes, mantendo a harmonia e a independência da família e manter o legado e o patrimônio? Sim, é possível.


Jornal Valor Econômico, 21/5/2021


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