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  • Gustavo Sette

Dá para implantar um Conselho de Administração "mais ou menos"?

Imagine que a empresa da família Tavares resolveu criar um conselho de administração. Os 6 membros serão: Tavares pai, os 3 filhos homens do Sr. Tavares, um diretor que trabalha há 20 anos com a família Tavares e o advogado pessoal do Sr. Tavares. O dono da empresa é o Sr. Tavares e o CEO, também.





Conselhos de administração são excelentes estruturas de governança, mas não são obrigatórias, nem as únicas.


Não faz sentido implantar “meia governança”. Uma estrutura com conselho visa criar um bom equilíbrio de poder entre três âncoras cruciais: os proprietários, o conselho e os executivos, com um olhar externo para monitoramento e criação de valor.


Se as mesmas figuras estiverem ocupando os papéis de donos, conselheiros e executivos, é um Conselho só para falar que tem. No fundo, todo mundo vai votar e seguir as ordens do dono. É muito mais fácil assumir que é assim sem o custo do Conselho.


A matéria abaixo comenta a governança do Grupo Globo. Não estou lá para opinar com muita certeza, mas me parece um caso em que faltam muitas boas práticas de governança. A boa notícia é que, segundo a matéria, o grupo criou uma OITAVA cadeira no conselho para trazer o PRIMEIRO conselheiro de fora do sistema familiar.


Valor, 11/7/22

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