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Cuidado com os exageros ao rotular gerações!

  • Gustavo Sette
  • 7 de jun. de 2022
  • 2 min de leitura

Há cerca de 2.500 anos, o filósofo Sócrates escreveu, sobre os jovens:

“As crianças de hoje adoram luxo; têm maus modos, desprezo pela autoridade; mostram desrespeito pelos mais velhos e adoram conversar em vez de trabalhar. As crianças são agora os tiranos, e não os servos de suas famílias. Não se levantam mais quando os mais velhos entram na sala. Contradizem seus pais, tagarelam, devoram guloseimas à mesa, cruzam as pernas e tiranizam seus professores.”

Há outras frases, até mais antigas, com mensagens semelhantes.

A matéria abaixo, do Estadão do último domingo, é mais uma peça de rotulação das gerações que, hoje, trabalham juntas.





Claro que é importante estudar mudanças culturais, padrões de comunicação, valores e tudo ligado ao tema, mas devemos tomar cuidado com exageros.

Esse artigo e muitos outros tratam o tema como algo "inédito" e um problema dos nossos tempos... O que não é verdade. As diferenças entre as gerações podem até mudar, mas elas sempre existiram.

A rotulação também me incomoda. Quem nasceu de 1945 a 1964 gosta de acumular patrimônio (mais ninguém gosta?).

Quem nasceu de 1965 a 1984 não ousa muito no trabalho (quanta inovação foi criada por essa geração, a começar pela própria Internet?).

Quem nasceu de 1985 a 1999 precisa ser motivado (que bom que os outros não precisam).

Já a geração Z prefere ambientes com igualdade... Seja o que isso quer dizer.


Começar um diálogo com esses rótulos na cabeça pode atrapalhar, pois nem todo geração Z segue os rótulos Z, nem todo X segue os rótulos de X. Tem muita gente de 20 anos que adora acumular patrimônio e muita gente de 60 que prefere morar de aluguel. E tudo bem.


Desde que o mundo é mundo, os ambientes de trabalho e família têm o desafio de harmonizar visões diferentes entre pessoas, e aí falamos em comunicação, negociação, empatia, entender os outros.


Dizer que isso "é de hoje" me parece uma miopia de quem conhece pouco a história, ou quer criar um argumento para ajudar a vender alguma solução.


Em suma, o tema é importante, mas temos que saber separar o que é ruído do que é fato.


 
 
 

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