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Seriado sobre sucessão ganha o Globo de Ouro



A série Succession, da HBO, recebeu na segunda-feira o prêmio de melhor série de drama.


A palavra “drama” combina bem com as sucessões, especialmente em uma família como a retratada na série, que me parece um pouco exagerada. A família é rica demais, poderosa demais e desestruturada demais. É muito difícil reunir um grupo de pessoas tão problemáticas, confusas e desconectadas quanto as personagens da família Roy.


O ponto alto de Succession é observar a representação magistral do paradoxo de um fundador: Logan Roy, que criou um grupo de mídia gigantesco (acredito ser inspirado na News Corporation, de Rupert Murdoch), é, de um lado, um empreendedor brilhante, que construiu um império graças ao seu faro, trabalho duro e diversas outras qualidades. Mas, quando a idade chega, essa mesma pessoa sabota qualquer chance de uma sucessão dar certo, desencorajando e criando conflitos e desarmonia entre os filhos e os executivos, ignorando todos os sinais externos e as más notícias e cercando-se de puxa sacos que falam, sem parar, que ele é o máximo.


Não por acaso, Brian Cox, o ator de 73 anos que representa o fundador, ganhou o Globo de Ouro de melhor ator.

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