Na semana passada, o divertido perfil “Festa da Firma” fez a pergunta acima, em outra rede, no dia 1º de abril. O post teve quase 3000 respostas.
Trouxe aqui algumas que vi receber mais reações.
"Prezamos a qualidade de vida, trabalhar até tarde, só em emergência." ⏰
"Você não é só um número, somos uma família." 👨👩👧👦
"Para crescer aqui, só depende de você." 🚀
"Posso te ligar rapidinho?" 📞
"Estou te dando essa demanda pois você é o melhor." 🥇
"A pesquisa é 100% anônima." 🤐
O post parece piada, mas é pura realidade e material a ser trabalhado por executivos e empresas.
A mentira faz parte do jogo e, com as redes sociais, talvez estejamos mentindo mais. Mente-se na entrevista, no feedback, aqui nessa rede, em reuniões e por aí vai.
Quando a empresa tem uma cultura de exposição nas redes sociais, a coisa piora, e se não tiver uma cultura de performance, com mensuração de resultados, a gestão é mais subjetiva e, portanto, mais mentirosa. Se eu não tenho resultados mensuráveis para mostrar meu trabalho, preciso... Criar.
Lidar com a mentira e com a politicagem no trabalho começa por aceitá-la como parte do jogo, o que minimiza o impacto emocional que elas podem causar. Boa parte das demandas que mentorados me trazem tem a ver com essas questões, e interpretá-las e agir em cima delas com um olhar externo é uma das formas de se diferenciar perante esse cenário nublado.
Há uma oportunidade enorme de diferenciação para gestores: liderar com sinceridade, integridade, sem mentir. Dá mais trabalho, pois exige se expor, apontar defeitos, enfrentar a realidade, não fugir de perguntas difíceis. Mas isso é, para mim, a essência da liderança.
Lendo as mentiras e comentários, me lembrei de um dos melhores livros de negócios que eu já li, e que costumo recomendar: "Consciência nos Negócios", de Fred Kofman. O livro é de 2007 e, a cada relida, me parece mais atual.
Gostei da brincadeira e estou reunindo uma coletânea específica de mentiras clássicas em empresas familiares, para sucessores. Voltarei em breve com elas.