Há uma idade máxima para ser presidente?
- Gustavo Sette
- 2 de out. de 2023
- 1 min de leitura
Um artigo recente da Folha de S. Paulo suscita questões relevantes para aqueles que lidam com empresários idosos que resistem à ideia de se aposentar.
O artigo analisa políticos veteranos, como Biden, Trump e Lula, e abaixo, destaco 3 pontos importantes, fazendo comparações com empresas familiares.
1) É inegável que o envelhecimento pode acarretar declínio físico e cognitivo (como abordar esse tema com um pai ou fundador de empresa?).
2) No caso de líderes políticos, qualquer falha pode ser apontada por seus assessores (o que não ocorre nas empresas familiares, onde a visão externa é limitada e as verdades inconvenientes são frequentemente ignoradas).
3) Pode haver argumentos para impor limites de idade em determinados cargos, mas não em cargos eletivos: se um candidato idoso consegue persuadir os eleitores, sua candidatura é legítima (ao contrário dos donos de empresas, que não precisam convencer ninguém).
Em empresas que valorizam a continuidade, é apropriado considerar limites de idade. No entanto, no meu trabalho como mentor de sucessores, observo muitos deles lutando para encarar a dura realidade de que alguns empresários não priorizam a continuidade. Agem sob a crença nem sempre declarada de que a empresa é deles, e eles podem fazer o que quiserem enquanto estiverem à frente.
Isso nos leva a uma importante questão: vale a pena dedicar a carreira a uma empresa com essa mentalidade?
Folha de S. Paulo, 30/09/2023.

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