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  • Gustavo Sette

Sucessores encaram a herança como alguém escalando o Everest sem treinamento

Matéria de capa no Valor Econômico de hoje aborda mudanças e desafios no sistema tributário de heranças e doações.


Governos mundiais, ansiosos por mais receitas, buscam especialistas para lidar com a complexidade desse tema. Veja uma das matérias na página, "fechar brechas para planejamentos sucessórios". No Brasil, a tributação de heranças é menor que em outros países e tende a aumentar, tornando-se mais intrincada e sujeita a "dependes".


Diante desse cenário complexo, surgem os sucessores / herdeiros típicos, que vivem em modo de espera. Não se envolvem ou não possuem conhecimento suficiente.


Alguns delegam responsabilidades aos pais, presumindo que eles estão cuidando disso. No entanto, essa suposição pode não ser precisa, e mesmo que seja, os pais não estarão presentes para orientar quando necessário. Após o luto, os sucessores podem ficar à mercê dos advogados que na verdade trabalhavam para os pais, enfrentando a maquinaria fiscal do governo.


Imagine que o governo é o Real Madrid e os advogados são o Barcelona. Como os sucessores estão se preparando para enfrentar esse jogo?


Idealmente, as famílias deveriam abordar o tema de maneira aberta e transparente, planejando doações em vida, estabelecendo um plano claro e fornecendo educação jurídica e financeira aos herdeiros. No entanto, isso é privilégio de apenas 10 a 20% das famílias.


Os sucessores não precisam ser especialistas, mas devem ter conhecimento básico e, mais importante ainda, construir sua própria rede de apoio legal, contábil e de investimentos, independente da rede dos pais.


Valor Econômico, 17/8/23




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