O Estado venceu.
- Gustavo Sette
- há 1 dia
- 2 min de leitura
E você ainda vai entregar dois terços do que produz para ele.
Independente do que achamos de Elon Musk ou Donald Trump, havia um projeto em comum que me interessava: reduzir o custo e o tamanho do Estado.
E veja — quem tentou isso foi um país com produtividade cinco vezes maior que a nossa, carga tributária dez pontos menor e renda per capita quase dez vezes maior. Ainda assim, estavam preocupados em ser mais eficientes.
Para liderar esse projeto, escolheram um empresário que criou carros elétricos, foguetes que dão ré e internet em qualquer lugar do planeta. Um sujeito que fala em colonizar Marte.Mas que não conseguiu reduzir o Estado. A máquina venceu.
Nos EUA, ao menos tentaram — ou fingiram que tentaram.
Aqui na Europa, isso mal entra na pauta.
E no Brasil, o discurso é o oposto: precisamos de mais Estado, mais regra, mais controle.
Nas minhas leituras recentes, vi alemães, portugueses e franceses exaustos com a burocracia da União Europeia. Ingleses vendendo suas casas para cumprir exigências energéticas que não podem pagar. Americanos soterrados por tarifas e incertezas.
E no Brasil… nós não conseguimos nem prever o passado.
Para empresários e executivos, o que resta é encarar a realidade: o Estado vai seguir crescendo — em custo, em regulação, em controle.
Quem produz precisa se preparar para, nos próximos 10 a 20 anos, entregar de 50% a 70% do que gera.
Menos liberdade. Mais controle. Mais imposto.
E por que estou trazendo isso? Por política?
Não.
Meu papel como consultor é provocar reflexões que impactam o planejamento. Posso errar — e prefiro errar tentando — mas essa é uma leitura que precisa estar na mesa de quem planeja a vida, a carreira, os investimentos e as empresas.
O impacto do avanço estatal em aposentadorias, sucessões, heranças e investimentos é real, gigante e crescente. E o Estado virá com força — usando os melhores especialistas, dados e tecnologias para avançar.
Cabe a nós estarmos cientes. E preparados.

Comments