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  • Gustavo Sette

Mortes como a de Abílio abalam o emocional dos fundadores

"De todos os problemas associados às empresas familiares, os mais insidiosos se concentram na questão da sucessão. E de todos os obstáculos para um plano de sucessão, um dos piores é a dificuldade que as pessoas têm de aceitar sua mortalidade. Não é fácil, afinal, confrontar a maior ofensa ao narcisismo: a desintegração do próprio corpo."


Essa citação do livro "Reflexões sobre grupos e organizações", do professor Kets de Vries, explora como a morte de figuras como Abilio Diniz pode afetar empresários idosos e narcisistas.


Abílio, além de seu sucesso empresarial, simbolizava o sonho da imortalidade: cuidou da saúde e longevidade de forma exemplar e expressou seu temor pela morte.


Um desafio para sucessores é entender e respeitar o momento de vida que os pais estão vivendo, interpretando suas possíveis consequências na rotina.

Já ouvi relatos de alguns mentorados sobre mudanças percebidas nos pais após a morte de figuras como a Rainha Elizabeth e Charlie Munger, sócio de Warren Buffett, que em breve...


Que reações são essas?


O fundador que se considera imortal, quando confrontado com sua mortalidade, pode se tornar mais introspectivo e melancólico. Pode também abrir espaço para conversas sobre o futuro e o patrimônio. E pode até mesmo levá-lo a se tornar mais autoritário e ansioso, como uma forma de resistência e negação.


Abílio foi um grande empresário e um exemplo de como lidar com a velhice, mas é mais uma prova de que todos os homens são mortais.


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