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  • Gustavo Sette

Famílias "imperfeitas" no Dia do Irmão: enfrentando a pressão das redes sociais

Ontem, no Brasil, foi comemorado um tal "Dia dos Irmãos", do qual só ficamos sabendo através das diversas manifestações de carinho e afeto nas redes sociais.


Para quem trabalha com famílias, toda data com repercussão nas redes acaba tendo impacto, pois famílias com problemas acabam se comparando com aquelas que parecem funcionais e amorosas.


Ao olhar para famílias que atendo e já atendi, observo sim histórias muito bonitas de irmãos que se gostam e se escolheram, mas, infelizmente, essa não é a maioria dos casos.


Muitas famílias enfrentam uma enorme rivalidade entre irmãos, frequentemente causada ou potencializada pelos pais. Fiz uma seleção de 11 temas que tenho visto trivialmente:

- Competição por atenção, território e posse.

- Rótulos indissociáveis.

- Expectativas excessivas ou irreais.

- Comparações entre irmãos, enviesadas por rótulos.

- Machismo & preferência pelo filho homem mais velho.

- Diferenças impactantes de personalidade.

- A cultura de que um tem que vencer os outros, e não se unirem.

- Recadinhos e bloqueios pelas redes sociais.

- Uso dos filhos pequenos como moeda pela atenção dos pais.

- Rivalidade e inimizade acirrada por agregados (maridos, esposas).

- Postagens exaltando virtudes e amizades entre pessoas que, na real, não estão assim tão bem.


No trabalho com pessoas que vivenciam essas questões, uma grande contribuição é mostrar a elas que isso acontece com muita frequência e que há como melhorar a própria condição. Nos pouquíssimos casos em que alguém publica algo sobre problemas de família ou trabalho, as plataformas restringem drasticamente a divulgação (o que provavelmente acontecerá com essa postagem).

Será mesmo que a imagem de famílias felizes que vemos nas redes sociais reflete a realidade? Quem está de fato muito bem, será que precisa postar tanta felicidade online?





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